sexta-feira, 22 de julho de 2016

Alergia alimentar X intolerância: entenda a diferença

Alergia alimentar X intolerância: entenda a diferença


Alimentação é o assunto em voga dos nossos tempos. Aliado a isso, cresce o numero de crianças alérgicas no Brasil. A predisposição genética define muito se uma criança será alérgica ou não, mas digamos que 40% é determinada pela qualidade dos alimentos que ela ingere. Ou seja, uma alimentação saudável contribui para uma criança saudável.  “As alergias devem-se muito ao fato de estarmos mais expostos a metais pesados, ingerirmos um volume grande de corantes e acidulantes, além do excesso de proteínas que consumimos”, defente Vanderli Marchiori, nutricionista e vice-presidente da Associação Paulista de Fitoterápicos. Não existe até o momento qualquer tratamento medicamentoso específico que garanta sua cura.
A alergia é uma reação do nosso sistema imunológico contra a proteína, especificamente, presente no alimento, causando uma resposta negativa. Você come o alimento, digere e depois ele vai causar uma reação maléfica ao organismo.
Crianças alérgicas a proteína do leite vaca, não podem tomar absolutamente nada de leite e nem ingerir derivados. Seja um golinho de minúsculo que a avó diz “não tem problema” ou um copão, a substância detona o processo alérgico da mesma forma. E os sintomas podem aparecer um ou mais dias depois.
Já a intolerância é quando o organismo é incapaz de metabolizar o açúcar, especificamente também, do alimento. Isso seja pela falta ou pela deficiência de algumas enzimas que digerem nossa comida. Mais um exemplo com o leite. Nosso corpo produz uma enzima chamada lactase, ela é responsável por digerir a lactose (o açúcar do leite). Quem não tem ou não produz a enzima suficientemente provavelmente terá intolerância ao leite de vaca. Isso significa que se a criança consumir numa quantidade elevada pro metabolismo dela, irá ter problemas de digestão. Intolerância está sempre ligada a digestão do açúcar do alimento. Por isso as reações são imediatas, como vômitos, diarreias ou uma “simples” dor de barriga.
As alergias
Segundo a ASBAI - Associação Brasileira de Alergias, 30% da população hoje é alérgica, sendo 20% crianças. As alergias acometem de 6% a 8% das crianças com menos de três anos de idade. Estas que podem ser não só por alimentos como por poluição, pó, pelos de animais, mofo, “Alergia é doença e alergia pode matar”, alerta a nutricionista Adriana Kachani. O assunto é sério. Já deu pra perceber. Muitos casos severos a criança não pode nem aspirar o pó do giz de lousa que contem proteínas do leite. Existe também a reação cruzada, onde no preparo de alimentos podem ficar microrganismos de outros que passaram por ali. “Uma criança alérgica não pode usar o mesmo copo de uma criança que toma leite, por exemplo, mesmo que ele tenha sido lavado e esterilizado”, conta a Adriana.
Alergias começam a dar sinais quando o bebê nasce. É tomando o leite materno que a criança experimenta, pela primeira vez, os alimentos que a mãe ingere e sim pode ter reações negativas. “Como por exemplo, intestino preso, sangue nas fezes, eczemas na pele e até o fechamento da glote”, explica Vanderli. O tratamento é a exclusão total da proteína, assim você dessensibiliza o bebê.
Cerca de 90% destas hipersensibilidades são causadas por um grupo de oito alimentos: leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. E, ao contrário do que se pode pensar, alimentos como o cacau (chocolate), a carne de porco e os corantes apresentam pouca relação com alergia.
A intolerância
Parece menos grave (e é), mas também precisa de atenção e cuidados. Ninguém quer o filho se contorcendo de dores de barriga ou diarreias após comer algo que deveria ser delicioso para seu organismo não é mesmo?. Intolerância não é doença, é um estado de resposta. Porque a intolerância está diretamente relacionada a falta de enzimas que digerem o açúcar presente naquele determinado alimento no nosso organismo. “E a reação é imediata. Dá um desconforto e a provocação é gastro intestinal”, alerta a nutricionista Dra Adriana Kachani. Normalmente ela acomete a criança após os dois anos de idade, na fase de desenvolvimento do corpo e, provavelmente, quando ela crescer um pouco irá passar. Intolerâncias são cíclicas na vida e o diagnostico é difícil porque os exames não detectam 100%. “Como depende muito da quantidade ingerida, o Food Detective, nome do exame, dá muito falso positivo”, explica Dra Adriana. “As vezes a criança precisa de uma quantidade maior do que a apresentada no exame para ter reações”.
Trocar a qualidade dos alimentos que você põe a mesa, certamente, vai garantir uma infância com menos doenças a seus filhos. O que significa uma vida adulta mais forte e bem preparada. Comece a ler rótulos e veja o que você entende. Se começar a complicar como bula de remédio é porque você está ingerindo mais química do que alimento.. Alimentar vem do latim alere, o que quer dizer “fazer crescer/ desenvolver/ animar”. O que não te deixa feliz, não pode fazer bem.

fonte https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/nutricao-2/indicacao/alergia-alimentar-x-intolerancia-entenda-diferenca/

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